De 2018 para cá, uma transformação por políticas de igualdade de gênero e raça nas artes mostrou uma lacuna muito maior que a imaginada, e com a pandemia do COVID-19, essas diferenças direcionaram o olhar crítico do ponto de vista da interseccionalidade na produção artística, principalmente de mulheres, negras, em espaços de arte.

Desde então, mantivemos nossa atuação criando programas de residências, mentorias e conversações em intercâmbios com diversos artistas, nacionais e internacionais.

Em 2019, chamamos a comunidade artística para pensar seus corpos (corpas) nos espaços de artes e criamos a primeira Bienal Black Brazil Art (nov.\19 a mar.\20). Depois disso seguiram-se programas como o Arte Sem Fronteiras (nov.\20 a mar.\21), a primeira Residência Artística Virtual Compartilhada (jun.\21 à ago.\21) e a segunda edição da Bienal Black Brazil Art (jan.\22 a julh.\22).  

Nosso trabalho tem a missão de promover a diversidade nas artes, promovendo o reconhecimento e a inclusão de todos (as, es) os artistas (es) e práticas artísticas, dando uma atenção especial às mulheres, cuja história absteu-se durante tempos. A BBA procura manter uma presença vigilante e crítica em relação às políticas e ações dos corpos (corpas) artísticos (as) e culturais com o objetivo de melhor reconhecer os artistas  (es) e oportunizar espaço de reflexão e troca. As ações da BBA baseiam-se nos princípios de equidade de gênero para uma melhor diversidade artística.
 
Nossa visão consiste em conscientizar os meios culturais sobre os obstáculos sistêmicos que impedem o desenvolvimento equitativo dos artistas e das chamadas organizações de diversidade. Vários projetos e estruturas aliadas a parcerias com a comunidade artística nacional e internacional, tem possibilitado a criação de oportunidades para artistas racializados (es), (homens, mulheres, binários e não-binários e artistas Lgbtqia+), bem como artistas dos povos originários que encontram obstáculos sistêmicos à sua plena integração profissional.

Mapear as artes brasileiras e afro-brasileiras e reconhecê-las dentro do país é uma ênfase, buscando oportunizar novos nomes das artes também no exterior, principalmente para a arte produzida por  mulheres negras, facilitando o debate sobre essa produção em museus e galerias, criando espaços para outras narrativas.